Quarta-feira, 10 de agosto de 2011 01:49 pm
Um dia depois de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartar aumentos salariais para os servidores públicos, sob a alegação de que o país precisa se preparar para possíveis reflexos da crise econômica vivida nos Estados Unidos e na Europa, os trabalhadores prometem tomar a Esplanada dos Ministérios. Funcionários dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário querem pressionar o governo a conceder reajustes salariais e a reestruturar as carreiras, entre outras melhorias.
Acampados na Esplanada desde ontem, os servidores técnico-administrativos das universidades federais vão fazer uma caminhada às 15h da tarde desta quarta-feira (10/8), desde a altura do Museu Nacional até o Congresso, para chamar a atenção do governo e entregar aos parlamentares panfletos com as suas reivindicações.
Pela manhã, eles já conseguiram uma reunião com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Os técnicos pediram a intervenção do ministro para que sejam reabertas as negociações com o governo federal. Desde que eles entraram em greve, em 6 de junho, o Ministério do Planejamento se recusou a discutir a pauta da categoria, como o aumento do piso salarial para três salários mínimos, sob o argumento de que os trabalhadores iniciaram o movimento sem esgotar as possibilidades de acordo. “O ministro Haddad disse que vai entrar em contato com a ministra Miriam Belchior. Mesmo assim, amanhã (11/8) já vamos tomar café na porta do Planejamento para pedir uma audiência”, adiantou Bernadete Menezes, uma das coordenadoras do acampamento.
Cerca de 500 integrantes das delegações da Central Única dos Trabalhadores (CUT) também estão na Esplanada. Representando tanto servidores públicos quanto empregados da iniciativa privada, eles têm audiências marcadas com representantes dos Três Poderes para conseguir respostas sobre a pauta de reivindicações entregue ao governo em março. “Queremos pedir a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e a regulamentação da terceirização. Outra demanda é a aprovação do Plano Nacional de Educação”, disse Quintino Severo, secretário-geral da CUT.
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