Lívia Francez
Os servidores da Assembleia Legislativa prepararam uma semana de protestosem defesa das decisões judiciais não cumpridas pela Mesa Diretora da Casa,mas foram reprimidos na manhã desta quarta-feira (9).
O serviço dedisque-silêncio foi chamado para colocar fim à manifestação em frente à Assembleia e os servidores acreditam que o chamado tenha partido de pessoas que se opõem ao movimento.
Em defesa deles, ocupou a tribuna o deputado Euclério Sampaio (PDT).
Para o presidente do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa (Sindilegis), Leandro Machado, a intervenção foi uma forma de reprimir uma manifestação legítima dos trabalhadores, uma vez que outros sindicatos e entidades já fizeram diversos protestos no mesmo local, com som tão alto quanto o do protesto desta quarta, e não houve qualquer tipo de repressão.
“A atitude foi digna de uma ditadura, quando esta Casa deveria ser exemplo de democracia. A mão de ferro só se abateu sobre os servidores porque nosso protesto atingia os deputados”.
Os trabalhadores da Casa cobram o cumprimento da decisão judicial que repõe a perda salarial de 11,98% dos servidores. A medida deveria ter sidocolocada em prática em março deste ano. Os servidores do Tribunal de Contas(TCEES) e do Ministério Público do Estado (MPES) já estão recebendo areposição, ao contrário dos da Assembleia. Os próximos passos dos protestos dos servidores devem ser definidos na tarde desta quarta-feira em assembleia da categoria.
Alguns deputados favoráveis à causa dos servidores saíram em defesa deles noplenário. Um deles foi o caso do deputado Euclério Sampaio (PDT), que discursou dizendo que a repressão ao protesto dos servidores é inadmissível,já que eles têm pleno direito ao pagamento retroativo dos 11,98% dereposição.
Ele ainda pediu celeridade à Mesa Diretora na concessão dodireito.O parlamentar mencionou ainda o corte da gratificação de servidores, que foi repudiado pelo Sindilegis. O benefício vai ser cortado da noite para o dia,sem critério, segundo Leandro.
“Existem servidores que estão há 25 anos exercendo aquela função gratificada e de um dia para o outro ficarão sem a complementação, numa decisão tomada de cima para baixo, sem qualquercomunicação prévia”.
A entidade vai ainda apurar supostas irregularidades com o cartão-alimentação de alguns servidores. Uma comissão foi formada na assembleia realizada na última semana para cobrar e apurar a lista dos servidores. Para apoiar a apuração foram convidados representantes de diversas instituições e entidades, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES),Transparência Capixaba, Ministério Público, Tribunal de Contas e a própria Assembleia Legislativa.
Os servidores também requereram ao presidente da Assembleia, deputado Élcio Álvares, a listagem de todos os servidores, com as funções que exercem, a fim de que seja feita a fiscalização daqueles que comparecem ao serviço.
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