Mais de uma centena de servidores legislativos movimentaram os corredores e o Plenário da Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira, 20 de abril, em manifestação, liderada pelas entidades representativas da categoria, por reposição salarial. A data-base dos servidores da ALESP é 1º de março e este foi o primeiro ano que a categoria não conseguiu a reposição da inflação, pois a Mesa Diretora - composta por deputados do PSDB, PT e DEM -, baseada em um parecer do Tribunal Regional Eleitoral. contestado pelas entidades, de que é proibido reajuste por ser ano eleitoral, decidiu repor as perdas salariais apenas dos meses de janeiro e fevereiro de 2010, perfazendo o total de 1,53%, além de reajuste no vale-refeição de R$ 12,00 para R$ 15,00 e do vale-alimentação de R$ 110,00 para R$ 180,00.
Os servidores, que recusaram proposta da Mesa Diretora da concessão de um auxílio-saúde no valor de R$ 150,00 só para os servidores da ativa, excluindo portanto os aposentados e os dependentes, concentraram-se próximo a Lanchonete e saíram em passeata pelos corredores da Casa, munidos de apitos, megafone e gritando palavras de ordem, chamando aqueles que não haviam aderido à manifestação.
Barrados na porta das galerias do Plenário pela PM, no 1º andar do edifício,os servidores conseguiram entrar no recinto por uma das entradas laterais no térreo e conseguiram mostrar aos deputados, que votavam o projeto de revalorização salarial do magistério, seu descontentamento com a situação salarial.
O deputado Antonio Mentor (PT) foi ao encontro dos servidores, ouviu suas reivindicações, prometeu ler o informativo das entidades a respeito da Campanha Salarial 2010 e fez um acordo com as lideranças de que todos poderiam ingressar nas galerias do Plenário, desde que não utilizassem o megafone e nem apitos. A categoria aceitou e os servidores do Legislativo puderam juntar-se aos professores, a maioria na verdade de professores aposentados filiados à APAMPESP, no Plenário Juscelino Kubistcheck de Oliveira.
A manifestação dos servidores da ALESP contou com o apoio do Presidente da Federação das Entidades Sindicais do Estado de São Paulo (FESSP-ESP), Lineu Mazano, e a participação do presidente da Federação Nacional de Servidores dos Poderes Legislativos (FENALE), Gaspar Bissolotti Neto, que também é secretário-geral da ASPAL e servidor aposentado da Casa.
Na avaliação do presidente da Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas da ALESP (ASPAL), Nélio Mazzutti, “a mobilização de hoje foi excelente e mostrou uqe os servidores não estão contentes com o miserável índice de reajuste dado pela Mesa Diretora e rechaçaram a proposta de auxílio-saúde oferecida apenas e tão-somente para os servidores da ativa, uma verdadeira vergonha”.
Para a presidente da Associação dos Servidores da ALESP (AFALESP), Rita Ferraro, a categoria está firme e não vai ceder enquanto não conseguir, no mínimo a recomposição da inflação, de março de 1009 a fevereiro de 2010, de 4,83%, índice muito inferior ao que reivindicamos desde o começo da Campanha, pois o reajuste de 1,53% oferecido pela Mesa Diretora, ao invés de recompor as perdas, significa uma perda salarial gritante, que não podemos aceitar”.
Segundo o secretário-geral do sindicato que congrega servidores do Legislativo e do Tribunal de Contas (SINDALESP), Joalve Vasconcelos, “a categoria está unida e a mobilização terá continuidade na próxima terça-feira, 27 de abril, e acreditamos conseguir dobrar o número de manifestantes, pois ninguém se conforma com o vergonhoso índice oferecido pela Mesa Diretora, e enquanto isso as entidades continuarão a tentar negociar com os dirigentes da Casa para tentar encontrar uma saída para esse impasse”.
Segundo o secretário-geral do sindicato que congrega servidores do Legislativo e do Tribunal de Contas (SINDALESP), Joalve Vasconcelos, “a categoria está unida e a mobilização terá continuidade na próxima terça-feira, 27 de abril, e acreditamos conseguir dobrar o número de manifestantes, pois ninguém se conforma com o vergonhoso índice oferecido pela Mesa Diretora, e enquanto isso as entidades continuarão a tentar negociar com os dirigentes da Casa para tentar encontrar uma saída para esse impasse”.
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