27 de julho de 2011 • 15h57 •
Luciana Cobucci
Direto de Brasília
O déficit da Previdência ficou em R$ 1,903 bilhão em junho deste ano, uma queda de 35,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 2,967 bilhões). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério da Previdência. No acumulado de janeiro a junho de 2011, o déficit também foi menor do que o registrado no primeiro semestre do ano passado: R$ 19,779 bilhões ante R$ 24,383 bilhões medido em 2010. De acordo com o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, o resultado para junho deste ano é o melhor medido pela pasta desde março de 2004, descontando os meses de dezembro, que são atípicos por conta do pagamento d0 13º salário.
A expectativa de Garibaldi é fechar o ano de 2011 com déficit de R$ 39,8 bilhões, em resultados nominais - ou seja, sem o desconto da inflação do período. "A previsão para o resultado geral sem inflação é R$ 39,8 bilhões, portanto menor que o valor final de 2010 e 2009. Acredito que fecharemos o ano no mesmo patamar ou com necessidade de financiamento um pouco menor. Se isso se confirmar, será a primeira queda em valores nominais desde 2008", disse.
Houve queda também na comparação entre maio e junho deste ano. O resultado medido em maio foi de déficit de R$ 2,425 bilhões. No mês passado, a diferença entre a arrecadação e o pagamento de benefícios caiu 21,5%. Todos os dados foram corrigidos pela inflação correspondente ao período. O ministro da Previdência atribui o bom resultado ao mercado de trabalho brasileiro, que está aquecido.
"Mercado de trabalho aumentando, crescimento da economia ainda se apresentando, não houve ainda desaceleração, pelo menos no que tange o mercado de trabalho, senão não teríamos um resultado desses", afirmou.
A arrecadação do governo com a contribuição para o INSS feita por todos os trabalhadores subiu 10,8% entre junho de 2010 e junho de 2011, passando de R$ 17,707 bilhões no ano passado para R$ 19,612 bilhões. Já as despesas com o pagamento de benefícios mantiveram-se praticamente no mesmo patamar entre os dois meses, subindo de R$ 20,674 bilhões em junho do ano passado para R$ 21,515 em junho deste ano.
Desde abril de 2010, de acordo com Garibaldi Alves, há uma tendência de redução da necessidade de financiamento da Previdência. "Em junho, pagamos 28,6 milhões de benefícios, sendo 24,8milhões previdenciários e 3,8 milhões assistenciais. Nos últimos 10 anos o número de benefícios aumentou 33%",
disse.
http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201107271857_TRR_79868180
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