Seg, 27 de Junho de 2011 22:30 G1 DF
G1 DF - Os servidores da Câmara Legislativa do Distrito Federal decidiram suspender o indicativo de greve previsto para esta segunda-feira (27). De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Câmara Legislativa e Tribunal de Contas do DF (Sindical), Adriano Campos, a categoria foi informada na quarta-feira (22) que a presidência da Casa estuO reajuste entraria em vigor em setembro. Uma nova assembleia será realizada na tarde desta terça-feira (28) para discutir a proposta.O indicativo de greve foi aprovado no dia 21 deste mês. A categoria reivindica a reposição das perdas salariais, além de uma reestruturação administrativa dos cargos da Câmara.da repor 5% das perdas salariais dos servidores.“O último reajuste [salarial] foi em 2006. Desde então, as perdas salariais dos servidores somam cerca de 24%”, afirma Campos. De acordo com o presidente do Sindical, a categoria abriria mão da recomposição de perdas se houvesse uma reestruturação na Casa.“A Câmara tem muitos cargos em comissão e paga muito caro por eles. A casa está inchada, e há um gasto excessivo de dinheiro público com esses cargos comissionados”, diz. De acordo com Campos, há 1.147 servidores comissionados na CLDF, sendo que 300 estão locados em áreas técnicas, ou seja, não trabalham nos gabinetes parlamentares.
“O sindicato já apresentou uma proposta de que é possível reduzir esses 300 cargos técnicos para 219. Mais do que isso: é possível reduzir em dois terços o que a Casa gasta hoje com esses servidores”, declara.
De acordo com o secretário-geral da Câmara, Fernando Taveira, um grupo de trabalho criado neste ano elaborou uma proposta de reestruturação dos cargos na Casa. O texto foi enviado para a Mesa Diretora e encaminhando para todos os deputados, que estão analisando as mudanças.“
A proposta não trata da redução do número de cargos, mas sugere algumas mudanças na organização da Casa que resultariam em uma economia de R$ 2 milhões por ano”, diz Taveira.
Segundo Campos, a Câmara destina atualmente R$ 1,9 milhão por mês para o pagamento dos comissionados que trabalham em áreas técnicas, valor que, de acordo com o presidente do Sindical, poderia ser reduzido para R$ 650 mil.“A primeira constatação que fizemos é que essa estrutura segue a lógica política, não é a lógica do bom funcionamento da Câmara. As gratificações pagas a esses comissionados são muito altas, variam entre R$ 1.500 e R$ 12 mil”, diz.
De acordo com Campos, o número de servidores concursados na Casa é de 740, quase a metade do total de comissionados. “Nós partimos do pressuposto que área técnica não tem que servir para loteamento político dos deputados, toda a área técnica deveria ser ocupada por concursados. Quem ganharia com isso seria a população que teria um atendimento mais profissional da Câmara”, afirmou.
Última atualização ( Seg, 27 de Junho de 2011 22:39 )
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