Movimento contou a participação de entidades
sindicais, servidores e parlamentares
Ônibus vindos de todos os cantos do país trouxeram quatro mil servidores públicos para participarem da Marcha Nacional contra o PLP 549, matéria que tem sido combatida veementemente pelo Sindilegis. A mobilização começou às 9 da manhã em frente à catedral, seguida de ato em frente ao Congresso Nacional e deve acabou na porta do Ministério do Planejamento. O Sindicato foi um dos integrantes da organização e participou do movimento com faixas e palavras de ordem contra o projeto de lei complementar, ao lado de outras 23 entidades. Todos estão unidos contra o congelamento salarial proposto e a inviabilização do crescimento do país nos próximos anos.
O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) era um dos manifestantes e discursou no carro de som: "Essa beleza arquitetônica que é o Congresso Nacional só tem sentido com a beleza da mobilização dos servidores públicos, que lutam para que o país continue crescendo e prestando serviços à população. Sinto-me orgulhoso de fazer parte desse momento, e apoio integralmente os pleitos defendidos hoje".
Outro parlamentar participante do movimento foi o deputado federal Policarpo (PT-DF), ex-dirigente sindical. "A minha origem é o serviço público e agora, como parlamentar, vou levantar a bandeira da valorização das carreiras de Estado. O meu gabinete está a disposição dos colegas sempre que precisarem".
Para o manifestante Luiz Fernando Machado, coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Universidade Federal de São João del-Rei (Sinds-UFSJ), que junto a outros colegas, enfrentou 12 horas de estrada para chegar a Brasília, o momento é de união para pressionar: "Político só funciona na base da pressão. E estamos justamente aqui para pressionar o governo em relação ao PLP 549. Os servidores não podem ter seus salários congelados por 10 anos. A perda salarial que tivemos foi muito grande. Não podemos permitir que isso aconteça".
Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef, uma das entidades promotoras do movimento, comemorou a adesão dos servidores: "Nós tivemos apenas um mês para organizar essa marcha, que é apenas um primeiro grande ato de mobilização. Isso comprova a maturidade das entidades de servidores e mostra ao governo que não vamos aceitar cortes no serviço público. Se querem fazer cortes, que façam com os banqueiros, tirem de quem usurpa o país. É dever do Estado investir no serviço público".
O PLP 549, que já foi rejeitado, por unanimidade, na Comissão de Trabalho e Administração do Serviço Público da Câmara dos Deputados (CTASP), ainda corre o risco de ganhar fôlego na Casa. "Não podemos admitir que esse projeto vá adiante. Os brasileiros, de modo geral, sofrerão consequências com a aprovação do texto que, não apenas congelaria os salários dos servidores por dez anos, como provocaria um desmonte nos projetos de grande relevo para a sociedade como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, fragilizando, ainda, a Lei de Responsabilidade Fiscal, uma das maiores conquistas do sistema político-econômico do Brasil nesta década", lembrou Nilton Paixão, presidente do Sindilegis.
http://www.sindilegis.org.br/
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