Tem sido recorrente a crença
de que servidor público é
aquele que presta serviço direto,
como policial, guarda-vidas, médico,
professor, gari, bombeiro,
pessoal de conservação das vias
públicas etc. Esses normalmente
são os únicos funcionários tidos
como bons profissionais pela
maioria da população brasileira.
Os outros, de atividade considerada
“de apoio”, ou seja, de bastidores,
tais como os servidores do
Poder Legislativo, não são reconhecidos
nem valorizados. “Não
têm sentido de ética nem moralidade,
são despreparados
nem trabalham, buscam o
poder pelo poder”, é o
dito em geral, desde
sempre.
Na verdade, existe
todo um processo histórico,
já argumentado
A valorização do servidor público
o servidor não existe
para o Estado, ou viceversa:
ambos existem
para o interesse público
que os legitima
pelo historiador Sérgio Buarque
de Holanda e trazido ao plenário
das representações associativas e
sindicais pela conceituada advogada
Mônica Perin Rocha e
Moura em brilhante palestra proferida
por ocasião do IX Congresso
e XXIII Encontro da FENALE,
realizado em Vitória (ES) de 25 a
27 de novembro de 2009.
Malgrado todos os esforços,
presentemente o que vivenciamos
é uma época de supressão
de direitos, teto remuneratório,
acha tamento salar ial, per -
da dos direitos adquiridos,
desestruturação da Previdência,
taxação dos aposentados,
nepotismo e fisiologismo, entre
outros do gênero. O que assistimos
é um pacto da mediocridade
envolvendo governo e
funcionários.
Urge reconhecer essa realidade
e ser necessária uma mudança
radical na concepção do Estado
brasileiro e de sua relação
com a sociedade. Isso dependerá
de um projeto ousado contemplando
a reforma administrativa,
que busque realmente
valorizar os cargos “de carreira” e
a criação de mecanismos para
aumentar a autoestima e a motivação
dos servidores.
O que precisa ficar claro é que
o servidor não existe para o Estado,
ou vice-versa: ambos existem
para o interesse público que
os legitima. O servidor não pode
ser considerado um portador de
inter esses pessoais ou particulares,
sob suspeita permanente, e
sim um organismo de preservação
do interesse público. O servidor
-cidadão, consciente de seu
papel social, transforma o seu
trabalho em um instrumento
capaz de operar os serviços públicos
em favor da maioria da
população. Aos que exercem
verdadeiramente essa função
está reservado o papel de agente
fundamental de uma nova
concepção de Estado.
É preciso uma passagem
gradual da administração pública
burocrática, vista com
permanente desconfiança sobre
o servidor , para uma administração
pública gerencial
baseada nos resultados, a qual
deve proporcionar a viabilidade
de execução de suas políticas
focando nas responsabilidades
de um agente das gestões
de governo.
A Diretoria da ASALERJ
ASALERJ EM NOTÍCIAS - MARÇO/2010 - 1ª PÁGINA
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