Nas últimas semanas o governo vem alegando que a queda na arrecadação do Estado, em virtude da aprovação da Resolução nº 72, pelo Senado, levará o executivo a iniciar uma série de medidas no serviço público para conter o orçamento e a fuga de capitais.
Dentre as ações anunciadas na imprensa, o governo destaca o retorno dos servidores do executivo à disposição de outros órgãos aos seus locais de origem, o que muito pouco irá se consolidar, tendo em vista a prática de interesses políticos. Neste aspecto, o executivo já manifestou que esses servidores poderão continuar onde estão desde que os respectivos órgãos assumam a responsabilidade de garantir o pagamento de seus vencimentos.
Diante da divulgação na imprensa de que na Alesc são 91 servidores nesta situação, o Sindicato tem a compreensão de que o problema está na falta de gerência administrativa dos poderes estaduais que equivocadamente buscam na lei formas para atender seus interesses políticos e acomodar seus pares.
Atualmente o Sindalesc está numa cruzada para que o Poder Legislativo seja mais democrático e transparente e o concurso público é a bandeira prioritária no conjunto destas ações. Porém, situações como a dos servidores do executivo à disposição na Alesc transformam-se em barreiras que precisam ser derrubadas.
Se o limite prudencial da folha não é um problema, o mais correto a ser feito é o concurso público, até porque é uma promessa do atual presidente da Alesc para a sociedade, já manifestada através da mídia.
O Sindalesc realizou um levantamento prévio onde foi constatado que o quadro de carreira do Poder Legislativo apresenta um déficit de, no mínimo, 120 cargos que precisam ser preenchidos através de concurso público.
Transferir um problema do Executivo para o Legislativo é uma falta de preparo administrativo e quem vai pagar essa conta será novamente a população catarinense.
A diretoria
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