sexta-feira, 29 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Presidência recebe proposta de sindicalistas sobre terceirização
Deputados ligados às centrais sindicais entregaram há pouco ao presidente da Câmara, Marco Maia, o pedido formal de abertura de uma comissão especial para tratar da regulamentação da terceirização. Marco Maia confirmou que está preparando o ato da presidência para criar a comissão especial. “Essa é uma matéria complexa, que interessa a trabalhadores e empresários, já que o processo atual de terceirização não é claro nem transparente.”A comissão, depois de instalada, deverá apresentar em 45 dias um parecer sobre os vários projetos de lei que tramitam na Câmara sobre o tema.
Relator de um dos projetos, o deputado Roberto Santiago (PV-SP) disse que os serviços terceirizados têm crescido de forma desordenada. Segundo ele, não há clareza entre os setores produtivos em que a terceirização pode ou não ser aplicada.
Trabalhadores de primeira e de segundaA diferença salarial entre trabalhadores efetivos e terceirizados também cria, de acordo com o deputado, a desconfortável situação de trabalhadores de primeira e de segunda categoria dentro de um mesmo espaço de trabalho.
O deputado informou que o presidente da Câmara deve anunciar oficialmente a criação dessa comissão durante as comemorações do Dia do Trabalho (1º de maio).
No início da manhã, sindicalistas estiveram reunidos com o presidente da Câmara para tratar da jornada de 40 horas.
Reportagem – José Carlos Oliveira/ Rádio Câmara
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/TRABALHO-E-PREVIDENCIA/196138-PRESIDENCIA-RECEBE-PROPOSTA-DE-SINDICALISTAS-SOBRE-TERCEIRIZACAO.html
Edição – Regina Céli Assumpção
Comissão deve votar previdência complementar em duas semanas
Em seminário sobre o tema, realizado pela Comissão de Trabalho, representantes do governo e de servidores públicos divergiram sobre os benefícios da proposta
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público deve votar em 11 de maio o Projeto de Lei 1992/07, do Executivo, que institui a previdência complementar do servidor público. O anúncio foi feito hoje pelo presidente da comissão, deputado Silvio Costa (PTB-PE), em seminário realizado na Câmara para discutir o tema. “Pode haver pedido de vistas, mas vou seguir insistindo na votação; quem tiver treze votos ganha”, disse. Costa, que é relator do projeto, informou que vai recusar todas as emendas relativas à criação de fundos específicos para categorias de servidores. “O fundo será único”, garantiu.
Durante o seminário, proposto pelo deputado Policarpo (PT-DF), representantes do governo e de servidores divergiram sobre a proposta. O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, que participou de parte do debate, disse confiar na aprovação do texto. Segundo o diretor de Previdência Complementar do ministério, Jaime de Faria Junior, não há razão para se ter medo da mudança no regime previdenciário. Ele garantiu que o projeto não altera os direitos e nem a expectativa de direitos dos atuais servidores.
Serão afetados apenas os futuros servidores, explicou, e eles vão entrar na carreira já conhecendo as novas regras. Faria Júnior enfatizou a necessidade de enfrentar, com foco no longo prazo, o problema do déficit do regime próprio do servidor público – atualmente em R$ 52 bilhões/ano, valor próximo ao orçamento anual da educação (R$ 60 bilhões) e da saúde (R$ 70 bilhões).
O diretor do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento , Murilo Barella, destacou que o momento é propício para a aprovação da mudança, porque quase 50% dos servidores federais estão para se aposentar nos próximos cinco anos, “o que significa que a administração pública vai entrar em fase de forte renovação de quadros”.
Críticas de servidoresO projeto foi criticado por diversos representantes dos servidores. Para o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Paulo Roberto Martins, a proposta embute um grande risco, porque segue o modelo da contribuição definida e do benefício indefinido. “O fundo com as contribuições será capitalizado, mas não se sabe se será bem ou mal aplicado”, alertou.
Martins argumentou que o déficit da Previdência não resulta do modelo do atual regime próprio, mas sim da absorção pelo sistema, após a Constituição de 88, de 650 mil funcionários celetistas – antes vinculados a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Henrique Nelson Calandra, avaliou que o projeto desrespeita os direitos sociais. Ele entende que a previdência complementar não pode destruir aquilo que foi duramente conquistado. “Fazer o moderno não significa abolir as conquistas”, sustentou.
Na avaliação do diretor da Associação Nacional dos Ministérios Públicos de Contas (Ampcon), Júlio Marcelo de Oliveira, a proposta não vai resolver o problema do déficit no setor, e poderá até agravá-lo no curto prazo, uma vez que a parcela da contribuição dos futuros servidores não irá mais para a União. Hoje, o servidor público contribui com 11% do salário. Segundo ele, o modelo do regime próprio, por si só, leva naturalmente à redução do déficit, e não ao seu agravamento.
Representantes da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho; da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil; do Sindicato do Poder Legislativo Federal; do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita; da Federação Nacional dos Trabalhadores de Judiciário e Ministério Público da União; e da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão também criticaram a proposta do governo.
Íntegra da proposta:
PL-1992/2007
Reportagem – Luiz Claudio Pinheiro Edição – Maria Clarice Dias
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/TRABALHO-E-PREVIDENCIA/196175-COMISSAO-DEVE-VOTAR-PREVIDENCIA-COMPLEMENTAR-EM-DUAS-SEMANAS.html
DIRETORIA DA FENALE PARTICIPA DA POSSE DA NOVA DIRETORIA DO SINDALESC
1a Secretaria - Luciane Dutra Meurer;
2a Secretaria - Silvio Nestor de Souza;
1o Tesoureiro - Nelson Henrique Moreira;
2o Tesoureiro - Angelino Sávio Quartiero;
Secretaria de Formação Sindical - Álvaro Pacheco de Souza;
Secretaria de Comunicação Social - Marcos Aurélio Gungel;
Secretaria de Política Social - Alexandre Melo;
Conselho Fiscal:
Clerson Larroyd;
Nivaldo César Senes Santos;
Eliane da Cunha Achar;
Heinz Bruno Fuhrmann;
Wellington José Zomkowski;
Representantes na CUT:
José Agrício Gonçalves;
Romário da Silva;
Zulmar Hermógenes Saibro;
terça-feira, 26 de abril de 2011
Seminário sobre Previdência Complementar
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público realiza nesta quarta-feira (27) seminário sobre o Projeto de Lei 1992/07, do Poder Executivo, que regulamenta a previdência complementar do serviço público. O projeto cria uma fundação para custear a aposentadoria dos servidores titulares de cargo efetivo da União (inclusive das suas autarquias e fundações), do Poder Judiciário, do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU).
O debate foi proposto pelo deputado Policarpo (PT-DF). Ele cita notícia divulgada pelo Jornal do Senado, segundo a qual o governo está preparando outra proposta para substituir o PL 1991, que não obteve acordo até hoje e permanece na primeira das quatro comissões que deverão analisá-lo – a Comissão de Trabalho.
O PL 1992 seria votado por essa comissão no último dia 13, mas foi retirado de pauta em meio a vaias e manifestações de apoio de sindicalistas que acompanhavam a reunião.
Um dos autores do pedido de retirada de pauta foi o deputado Policarpo, que foi militante em entidades de defesa dos servidores públicos. Ele argumentou que muitos deputados são novatos e não conhecem a proposta, que precisaria ser debatida.
Policarpo também se manifestou contrário à regulamentação proposta pelo governo. Do ponto de vista do Estado, argumentou, a proposta é ruim no curto prazo, pois o servidor passará a contribuir só sobre o teto do Regime Geral da Previdência, e o governo contribuirá sobre o restante para o fundo complementar. “Aumenta a despesa do governo, e a receita diminui. Para o conjunto dos servidores, é ruim”, avaliou.
Conforme a notícia citada pelo deputado, a nova proposta do governo está sendo elaborada em conjunto com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrap) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Foram convidados para o debate:
- o ministro do TCU Ubiratan Aguiar;
- a secretária-executiva do Ministério do Planejamento, Iraneth Rodrigues Monteiro;
- o secretário-executivo do Ministério da Previdência, Carlos Eduardo Gabas;
- o diretor-executivo da Associação Nacional dos Ministérios Públicos de Contas (Ampcon) e procurador do Ministério Público de Contas no TCU, Júlio Marcelo de Oliveira;
- o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Henrique Nelson Calandra;
- o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público (Condsef), Josemilton Mauricio da Costa;
- o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) e presidente do Fórum Nacional de Carreira Típica de Estado (Fonacate), Jorge Cezar Costa;
- o presidente do Sindicato do Poder Legislativo Federal e Tribunal de Contas da União (Sindilegis), Nilton Rodrigues Paixão Júnior;
- o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), Pedro Delarue Tolentino Filho; e
- o presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar), Cláudia Muinhos Ricaldoni.
O seminário será realizado às 14 horas no plenário 1.
Íntegra da proposta:
PL-1992/2007
Da Redação/WS
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/TRABALHO-E-PREVIDENCIA/196022-SEMINARIO-DISCUTE-PREVIDENCIA-COMPLEMENTAR-DOS-SERVIDORES.html
segunda-feira, 25 de abril de 2011
PEC 555: FENALE e ASPAL participam de reunião com Arnaldo Faria de Sá
A FENALE e a ASPAL/SP foram representadas por João Elísio Fonseca, secretário geral da ASPAL, em reunião realizda hoje com o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) na sede do Sindifisco Nacional DS-SP e promovido pela Frente Nacional São Paulo pela PEC 555, teve segundo os organizadores, o objetivo de discutir as atividades a serem intensificadas com o objetivo de sensibilizar e convencer os parlamentares a favor da matéria.
O deputado Arnaldo Faria de Sá chamou a atenção para a dificuldade de aprovação, no atual governo, de qualquer matéria de interesse dos servidores públicos. Por isso, destacou a necessidade de que todas as entidades, representativas de servidores federais, estaduais e municipais, se unam nessa "pressão", fortalecendo o trabalho desde o nível municipal - por meio do convencimento de vereadores e prefeitos -, passando pelo estadual, até o federal.
A Frente decidiu que terá reuniões mensais, sediadas cada vez em uma das entidades que fazem parte do movimento. O próximo encontro, a ser realizado em 9 de maio, acontecerá na Seam (Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos Municipais de São Paulo, a partir das 14hs, na Av. Ipiranga, 318, cj. 42.
domingo, 24 de abril de 2011
Governo discute regra para cortar pensões por morte
No Brasil, benefício consome 3% do PIB, mais que o triplo da média mundial
Pacote não mexeria com os direitos adquiridos e poderia ser aprovado por leis ordinárias, que exigem maioria simples
NATUZA NERY
GUSTAVO PATU
DE BRASÍLIAO
Ministério da Previdência trabalha em um conjunto de normas para limitar os critérios de concessão de pensões por morte no Brasil.
O objetivo é reduzir o altíssimo deficit previdenciário e evitar que pessoas que não necessitem do benefício sejam contempladas.A proposta será apresentada ao Palácio do Planalto, para então negociar as eventuais alterações com as centrais sindicais e setores do próprio governo.
A princípio, essas normas englobariam o serviço público e o regime geral da Previdência. Nenhuma delas, porém, mexe com direitos adquiridos: seriam aplicadas somente aos pedidos feitos após as alterações.Os detalhes ainda não estão fechados. Mas o plano prevê ao menos cinco regras:
1) impor período mínimo de contribuição;
2) obrigar o dependente a provar que não pode se sustentar sozinho;
3) definir limite de tempo para que viúvas jovens recebam os valores;
4) proibir o acúmulo da pensão com outro benefício;
5) limitar a liberação da pensão integral para casos específicos.
3% DO PIB
Os números mostram que os gastos com pensão por morte não são laterais. No Brasil, eles superam a marca de 3% do Produto Interno Bruto, mais que o triplo da média internacional. Eles equivalem ao que o Executivo aplica no ensino fundamental e a mais da metade do investimento público em 2010, em torno de 5%.
A iniciativa tem o apoio incondicional do ministro da área, Garibaldi Alves, incomodado com a pouca ou nenhuma restrição do sistema.
Segundo a Folha apurou, ele recebeu a bênção de seu colega da Fazenda, Guido Mantega, para tocar o pacote, já que a adoção de um novo código sobre pensões por morte emitiria sinais positivos ao mercado em momento de necessário aperto fiscal.Uma análise jurídica do ministério mostra que as mudanças podem ser feitas por lei ordinária, portanto aprovadas por maioria simples no Congresso e sem o peso de uma emenda constitucional, que exige o apoio de pelo menos 60% dos deputados federais e senadores.A presidente Dilma Rousseff já avisou que não encaminharia nenhuma reforma ao Legislativo, mas nada disse sobre ajustes pontuais.
ROMBO
O Brasil é um dos raros países em que praticamente não há critérios. Mesmo quem tem renda suficiente para se manter pode receber o benefício. As pensões por morte no setor privado ocupam hoje o segundo lugar no ranking das despesas do INSS em 2010 -R$ 61,6 bilhões.
A soma perde apenas para os desembolsos com aposentadoria. Isso representa um quarto de tudo o que é gasto no regime geral, e um terço no serviço público.
No INSS, o governo repõe 100% do valor da aposentadoria ao dependente, normalmente mulher. Segundo estudo do Senado, quase 30% das pensionistas também recebem aposentadoria, percentual que aumenta a cada ano pelo avanço feminino no mercado de trabalho.
No Brasil não há tempo mínimo de contribuição, tempo mínimo de casamento ou união estável. Não há restrições à idade, à renda, nem limite à duração do benefício.
O ministério não faz projeções sobre a economia com a mudança, mas afirma que o impacto no caixa do governo será expressivo em menos de uma década.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2404201102.htm
"Viúvas jovens" inflam o deficit da Previdência
DE BRASÍLIA
No Ministério da Previdência, relatos indicam a concessão indiscriminada de pensões por morte.
Mais de um técnico da pasta contou a história de um trabalhador que se casou com uma jovem tendo contribuído só uma vez para o INSS: após sua morte, a viúva passou a receber a pensão pelo resto da vida.
Para coibir situações similares, a ideia é exigir um tempo mínimo de união.
A proposta de fixar uma carência de contribuição pretende evitar exemplos de casamentos arranjados para obtenção de pensões.Integrantes da Previdência citam grupos de advogados que percorrem hospitais promovendo casamentos com pacientes terminais. Há ainda situações em que contribuintes idosos adotam menores como netos ou sobrinhos, para que estes recebam a renda mensal até completar 21 anos.
A ausência de limites multiplica as distorções. Nos últimos anos, cresceu o percentual de homens mais velhos casando com mulheres abaixo dos 40 anos. O ministério passou a se preocupar com o impacto do fenômeno "viúva jovem" sobre as contas públicas.
Pelas regras atuais, essas beneficiárias recebem o abono mensal pelo resto da vida sem perder o direito mesmo que se casem novamente ou sejam financeiramente independentes. O objetivo é fixar um limite para receber o benefício.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2404201103.htm
Matérias publicadas na Folha de S.Paulo, em 24-4-2011.